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Olá pessoal, acompanhei pelo Instagram a viagem linda da amiga Karina com a família, foram 15 dias no Chile: um roteiro por Santiago, Farellones, vinícolas do Vale do Colchágua, Chillán, Pucón, Puerto Varas, Cruzeiro pelo Lago de Todos os Santos, de Petrohué até Peulla, Puerto Montt, e Valparaiso e Viñas Del Mar.

Gostei tanto que pedi para ela compartilhar com a gente, assim outras famílias poderão se inspirar!

Vamos ao relato da Karina:

Roteiro de 15 dias da Karina pelo Chile

Estávamos com umas milhas prestes a expirar na TAP, quando surgiu a oportunidade de usá-las para viajar para o Chile. Como não conhecíamos o país decidimos fazer uma viagem de quinze dias, partindo de Santiago de carro até Puerto Varas, depois retornado de avião e pegando o vôo de volta para o Brasil por Santiago.

Nossa família adora programas ao ar livre, parques, caminhadas, portanto, nosso roteiro prioriza esse tipo de passeio, muita caminhada e natureza.

Também priorizamos hospedagens com cozinha pois costumamos fazer a refeição da noite em casa. Quem viaja com criança sabe que muitas vezes elas sentem falta do temperinho familiar, além disso, é uma forma de economizar e no Chile isso é muito importante!

Levamos dólar somente para pagar os hotéis já que no Chile os estrangeiros são isentos de imposto de 19%, desde que o pagamento seja em dólar ou cartão de crédito internacional. Para os gastos no Chile leve seus reais e faça o câmbio para pesos chilenos lá mesmo. Trocamos reais no centro de Santiago (a Rua Agustinas tinha o melhor câmbio); a cotação dessa época não é boa pois tem muitos brasileiros por lá, trocamos cada real em média por 160 pesos chilenos.

Amamos conhecer o Chile, principalmente o Sul do Chile! Aqui vai nosso roteiro!

Partida de Recife, pela AVIANCA, com escala em SP. O vôo foi ótimo, a AVIANCA tem um bom serviço de bordo e a animação para chegar lá fez a viagem passar depressa.

Pela vista da Cordilheira já tivemos noção da beleza que teríamos pela frente!

Dia 1: Santiago

Nos hospedamos no Amistar Apartments, achamos o apartamento super funcional; fica ao lado do Cerro Santa Lúcia e do Parque Florestal. Vizinho ao apartamento tem um supermercado, então a primeira coisa que fizemos foi encher a geladeira com as coisinhas que a nossa turma gosta, frutas e lanchinhos para os passeios dos dias seguintes. Como já era início de noite preferimos dar um descanso para as crianças, para começar para valer no outro dia.

Dia 2: Santiago

– Centro – Iniciamos nosso passeio pela Rua Agustinas para trocar moeda local. O câmbio nessa época não era favorável, uma média de 160 pesos chilenos por real. Depois passamos pelo Palácio da Moneda, mas não vimos a troca da guarda. Fomos em seguida à Plaza de Armas e ao Mercado Central, onde pegamos dicas para comprar roupa de neve nos brechós próximos, sai mais em conta do que alugar e fica sendo sua. Gostamos do ambiente da praça de Armas, muitos alunos tendo aulas de desenho e pintura ao pé da Catedral. Por outro lado, nos decepcionamos um pouco com o Mercado Central. Feito esse primeiro reconhecimento fomos ao cerro santa Lúcia pois queríamos ter uma visão panorâmica da cordilheira.

– Cerro Santa Lúcia – É um espaço agradável e de lá tivemos a nossa primeira vista da cidade e da Cordilheira. Estava um lindo dia com céu azul! Apesar de ser inverno o dia estava quente, as meninas pediram e conseguiram ganhar um picolé para refrescar

– Passeio e Almoço por Lastarria – depois do Cerro Santa Lúcia fomos passear em Lastaria, o bairro é pequenino e bastante agradável, com muitos restaurantes com menus de preços variados, foi nossa parada para o almoço. Com as baterias recarregadas continuamos a “bater pernas”.

– Parque Florestal – aqui deixamos as crianças se divertirem bastante brincando nos parquinhos. O Parque é agradável, estilo Chile, estreito e comprido. Ainda conseguimos forças para caminhar e dar uma volta nos bairros ao redor e ver um pouco a arquitetura dos prédios das ruas Paris e Londres, esticamos novamente até a região central e no Mercado Municipal encontramos uma agência de turismo e fechamos o passeio para Farellones no dia seguinte.

Dia 3: Farellones 

A empresa que contratamos passou pontualmente para nos pegar as 07 da manhã. Tínhamos a opção de ir até Vale Nevado ou ficar em Farellones. Como não queríamos esquiar e sim brincar, ficamos logo na primeira parada, assim economizamos algumas das inúmeras curvas do caminho. Foi um dia muito agradável: fizemos tirolesa, descemos de bóia, trenó, brincamos de fazer boneco de neve. Algumas atrações ficam na parte de cima, próximo à entrada, mas achamos melhor a parte de baixo. Pegue o teleférico e desça na primeira estação. Aí vão estar os trenós; achei a atração mais radical do parque! Tem uma hora que a descida embala para valer! Na hora do almoço fomos para uma área onde tem mesinhas e fizemos nosso lanche. Levei uns sanduiches, sucos, um sacão de batatas e frutinhas. Forrar a barriga para brincar mais. O parque estava cheio. Mas a única atração que tinha filas longas era a tirolesa, as demais tinham pequenas filas. O dia passou depressa, por volta das 15h voltamos a Santiago. Chegamos no hotel por volta das 18h, exaustos e felizes. Passadinha no mercado ao lado do nosso apart-hotel, que maravilha esse mercado. Reabastecer lanches e providenciar um jantar rápido, cama e descanso!

Dia 4: Santiago

– Visita a Casa de Pablo Neruda – La Chascona – o dia estava bastante frio e escolhemos iniciar nosso passeio com a visita a uma das casas de Pablo Neruda, assim aproveitávamos para aquecer um pouco. O bairro é muito agradável, próximo ao Pátio BellaVista, muitos restaurantes por perto, mas como era cedinho não almoçamos por lá.

– Cerro San Cristóbal – Um dos nossos passeios favoritos, por causa do funicular e do Teleférico, as meninas amaram. Lá também fica o Zoológico, então se você tiver muito tempo disponível pode ficar a manhã inteira aqui. Não era o nosso caso. Nosso roteiro estava apertado. Chilenos e turistas se misturavam na fila do funicular (um tipo de bondinho que sobe o cerro).Se for ficar no Zoológico, desça na primeira estação. Na bilheteria compramos o bilhete que incluía o funicular e o bondinho de descida. Lá em cima temos a vista belíssima da cordilheira, uma capela e algumas lanchonetes. Demos umas voltinhas lá em cima e depois descemos pegando o teleférico. Na descida tem um parquinho, mais brincadeira! Saímos do Cerro San Cristóbal e fomos caminhando no sentido do Parque das Esculturas, por um bairro bem agradável, onde paramos num café para o almoço.

– Parque das Esculturas – Fizemos um passeio rápido pelo parque das esculturas, as meninas brincando e interagindo com os monumentos. Já nos dirigindo ao Parque Bicentenário, nosso próximo destino.

– Parque Bicentenário – Caminhamos bastante para chegar até esse parque, mas como já havíamos parado para brincar mais um pouco a turminha deu conta. É interessante marcar todos os pontos que quer visitar no Google Maps antes e ter ideia das distâncias que você vai percorrer, principalmente se estiver com crianças. Amamos o Parque Bicentenário, queríamos ter passado mais tempo aqui. Alimentamos os gansos, as meninas brincaram no parquinho, deitaram na grama. Curtimos bastante o parque. Tem um espaço onde se encontram foodtrucks nos dias de movimento. Não foi o caso do dia da nossa visita . Lá tem um restaurante que se chama Mestizo foi fortemente recomendado por outros blogs, mas fizemos no passeio no sentido inverso ao restaurante e como já estava ficando muito tarde voltamos para nosso hotel de metrô pois estávamos exaustos de tanta caminhada.

Dia 5: Vale do Colchágua

No nosso quinto dia no Chile saímos cedo do hotel para pegar nosso carro na locadora. Aluguel de carro no Chile é muito caro! Ainda mais no nosso caso, que pegamos o carro em Santiago e devolvemos em Puerto Montt, mas não tinha outro jeito. Optamos por ir de carro para o Sul e voltar de avião, mais de mil quilômetros de distância, seria pelo menos mais um dia perdido se voltássemos de carro. As estradas no Chile são muito boas, bem sinalizadas, mas se preparem para muitos pedágios! Nossa primeira parada foi em Santa Cruz, e fomos direto para a Vinícola MontGrass, agendamos uma degustação para 12:30, ficou bem apertado, mas deu certo!

– Vinícola MontGrass – Super recomendo essa visita. É uma vinícola diferenciada, a sede fica num casarão lindo, que te acolhe logo com uma lareira quentinha. O staff super atencioso, realmente se interessa em explicar o modo de produção e a qualidade dos vinhos. O guia falava um portunhol excelente. Estávamos só nós e outro casal na visita e degustação. Caso você queira tem a opção de fazer o seu próprio vinho e no verão acho que fazem churrascos ao ar livre. Os vinhos maravilhosos, acompanhados por umas entradinhas bem gostosas. As pequenas ganharam suco.

Fomos ao hotel, deixamos nossas coisas, almoçamos na cidade de Santa Cruz e seguimos para nossa segunda visita, onde teríamos um passeio de charrete e degustação.

– Vinícola Viu Manent – À tarde fomos para a Vinícola Viu Manent. Havíamos marcado um passeio de charrete, seguido de degustação. Achamos a vinícola linda! Parecida com as do Nappa Valley, na Califórnia. As meninas adoraram o passeio de charrete entre os vinhedos, depois fizemos a degustação. Achei a experiência na MontGrass melhor; na Viu Manent a explicação do Guia foi muito mecânica, decoreba. Também gostei mais dos vinhos da MontGrass.

Jantamos em um restaurante peruano em Santa Cruz, e no outro dia cedo fomos para Chillán, em busca da neve.

Dias 6 a 8: Chillán

Em Chillán, pela primeira vez na nossa vida, resolvemos nos hospedar num Hostel. Estava super bem recomendado para famílias no Booking e o lugar parecia lindo. O Hostel se chama Onai, fica em Las Trancas e foi uma decisão super acertada!! Um lugar mágico! Uma casa toda de madeira, com grandes vidraças de vidro com vista para as montanhas cobertas de neve. Super acolhedor, limpo, organizado, quentinho e lindo!!! Amamos e foi um dos pontos altos da nossa estada em Chillán. O outro foi ter visto nevar pela primeira vez! As meninas já tiveram a experiência de brincar com a neve na Serra da Estrela, em Portugal. Mas ver a neve “fofinha” caindo do céu, foi inesquecível.

Subimos logo cedinho no dia seguinte para Nevados do Chillán, uma estação de esqui que fica ao lado das Thermas de Chillán. Não encaramos as Termas por causa do frio intenso. Ficamos no entorno do Nevados de Chillán, estávamos brincando e de repente, começou a nevar… Fizemos nosso boneco de neve, o Don Cabelinho. O tempo passou e nem sentimos. Só quando começamos a achar que os dedos dos pés estavam dormentes resolvemos que devíamos voltar para nosso Hostel quentinho. Um bom vinho a noite, jantinha para as crianças e dormir, pois, no outro dia já embarcaríamos para nosso próximo destino. Pucon!!!

Dias 8 a 10: Pucón

Saímos cedinho de Chillán no nosso oitavo dia de viagem, foi difícil dizer adeus aquele hostel tão aconchegante, mas ainda tinha muita coisa para conhecer. Pouco antes de chegarmos em Pucón demos uma paradinha em Villarica uma cidadezinha superagradável à beira do lago, aproveitamos para fazer as compras para os próximos dias. Chegamos na nossa cabanas no final da tarde e ainda vimos um lindo pôr do sol no lago Villarica. Aqui começamos a nos encantar com a região dos Lagos, muita água, vulcões, paisagens realmente exuberantes. Tivemos sorte de pegar dias ensolarados.

No dia seguinte iniciamos nosso roteiro indo para Ojos del Caburgua. O conjunto de quedas d’águas fica há cerca de 20 km de Pucón. Várias pequenas trilhas, descidas e subidas, acompanhadas sempre do barulhinho da água. Estava muito frio, a ponto de caírem pedacinhos de gelo dos galhos das árvores. Apesar disso aproveitamos bem o passeio e tiramos lindas fotos.

De lá fomos para o Huerquehue National Park. Uma estrada de terra (mas boa) montanha acima. Somos apaixonados por parques naturais. Nossa ideia era passar umas duas horas por lá e depois partirmos para a visita ao vulcão. Doce ilusão… começamos a andar, fazer as trilhas, nos deparamos com um lindo lago que espelhava o céu e as árvores, ficamos hipnotizados; passamos, mais de três horas no nosso passeio. Nossa vontade era de fazer a trilha mais longa até aos lagos superiores, mas não havia tempo: Íamos visitar o vulcão Villarica.

Quando iniciamos a subida para o vulcão uma surpresa: um engarrafamento. Aguentamos 20 minutos, mas só andamos 100 metros! O trânsito estava impossível, desistimos, ficamos com a vista só de longe. Fomos dar uma volta na cidade de Púcon pela Playa Grande, pela simpática praça. Comemos alguma coisa e o dia acabou. Em Pucón também existem muitas Termas, infelizmente não tivemos tempo de visitar nenhuma. Me arrependi de ter reservado apenas um dia inteiro para esta cidade. Com certeza dois dias teriam sido o ideal.

Dia 10: Puerto Varas

No nosso décimo dia no Chile, mergulhámos mais ainda na região dos Lagos, com destino a Puerto Varas. Para a última parada reservei três dias, pois vi que tinha muita coisa para ver. A caminho de Puerto Varas fizemos três paradas. A primeira em Lycan Ray; ali realmente parece que o tempo havia parado. Fomos dar um passeio na Playa Chica e ficamos com vontade de passear em um parque que ficava lá, mas estava fechado. Continuamos a viagem e entramos na cidade de Panguipulii… também demos uma volta na orla do lago, tiramos belas fotos, beliscamos alguma coisa e fomos para nossa terceira parada em Frutillar, onde almoçamos e fomos apresentados ao Vulcão Osorno, com toda a sua imponência. Que linda imagem!! Realmente essa é uma viagem muito cênica, difícil escolher as fotos que vamos revelar, pois todas são belas.

Em Frutillar almoçamos, passeámos na orla, fomos ver o Teatro del Lago e fizemos uma pequena trilha pela Reserva Forestal Edmundo Winkler, onde abraçamos algumas árvores centenárias e sentimos o cheirinho de mato. A trilha é super pequenina, só mesmo para esticar um pouco as pernas, e para quem gosta de natureza.

Seguimos nossa viagem até Puerto Varas. Nos hospedamos nas Cabanas Puerto Varas. Que delicia de lugar!! À beira do Lago, com vista para o vulcão Osorno e de quebra uma tina quentinha onde mergulhamos na segunda noite para tomar um belo vinho, ver as estrelas e sentir o contraste do calor da água com o fresquinho da noite (e bota fresquinho, 1ºC), mas isso foi só no segundo dia.

Super recomendo esses chalés em Puerto Varas, ficam fora da cidade e a caminho dos principais pontos de interesse. Antes de chegar lá, pare em Puerto Varas e faça seu supermercado, pois não tem mercado nas proximidades.

Vulcão Osorno Chile
Vulcão Osorno

Dia 11: Puerto Varas

– Vulcão Osorno – Acordamos cedo, animados para ver e estar no vulcão Osorno. Como sempre, fomos os primeiros a chegar. O teleférico ainda não tinha nem começado a funcionar. Infelizmente somente o primeiro trecho do teleférico estava aberto. Mas para nós foi suficiente… neve, neve, neve e muita neve, tanta neve! Nos esbaldamos, rolamos pelo chão, brincamos de guerra de bola de neve, montamos nosso segundo boneco, o Osório, fizemos uma caminhada por uma pequena trilha, para ver o que achamos que seria uma das crateras secundárias do vulcão. Só mesmo quando começamos a ficar entorpecidos é que resolvemos descer. Vá bem agasalhado, com roupa de neve e botas impermeáveis para ficar confortável e aproveitar mais tempo… foi maravilhoso!! Se aquele momento tivesse alguma trilha sonora seria, certamente, o tema de Frozen; “Você quer brincar na neve?”.

Vulcão Osorno Chile
Vulcão Osorno

– Os Saltos de Petrohe – nossa segunda parada, ficam dentro do Parque Nacional Vicente Perez Rosales. O Parque é enorme. Nos saltos, único local em que cobram entrada para o Parque Nacional Vicente Perez Rosales, tem estacionamento (mil pesos chilenos). Deixamos nosso carro lá e nos embrenhamos nas três trilhas que este trecho do parque tem. Passeamos muito e nos maravilhamos com as quedas d’água, principalmente com a cor, um verde esmeralda, realmente belo.

– Laguna Verde – na volta para casa, mesmo exaustos, demos uma parada para ver a Laguna Verde. O nome faz jus à cor da água. Demos realmente muita sorte pois dizem que chove bastante nessa época do ano (julho), nós tivemos dias iluminados.

Dia 12: Puerto Varas

Reservamos esse dia para fazermos o Cruzeiro pelo Lago de Todos os Santos, do porto de Petrohué até Peulla. O barco pertence ao Cruce Andino. Como sabíamos que o barco sairia as dez não precisamos madrugar nesse dia. Compramos a passagem diretamente no Porto Petrohué. Adoramos essa experiência através do Lago de Todos os Santos. A natureza exuberante, vários vulcões se apresentando ao longo do trajeto, imponentes, e também uma belíssima cachoeira. Realmente a região dos Lagos é abençoada com lindos cenários.

Peulla é um lugarzinho no meio do nada com 120 habitantes. Rodeado de montanhas com os picos brancos de neve, muito verde e muita água. Ali parecia que o tempo tinha parado.

Nada que eu possa dizer transmitirá a sensação de estar ali. Sabe aqueles dias tumultuados e não tão bons que nós temos de vez em quando? O meu antídoto para esses dias é procurar nas minhas lembranças lugares onde já estive e que transmitam calma e paz… Peulla já está lá guardadinho!

Também fizemos o Safári por Peulla (compramos o passeio lá no porto de Petrouhé, no mesmo local do passeio do barco. Também pode ser comprado dentro do barco). O safári dura cerca de 1h45 e é bem interessante, fazemos um passeio num ônibus com tração que atravessa um rio, pegamos um barco pequenino e fazemos um passeio em outro rio, visitamos uma fazenda onde alimentámos lamas e alpacas e ainda paramos para alimentar cervos no caminho.

Depois do nosso safári almoçamos no único hotel que tem no local e voltamos numa calma viagem atravessando o lago de Todos os Santos. Terminamos o nosso dia dentro de uma tina quentinha, com vista para o lago e para o Vulcão Osorno, o céu estrelado como teto, tomando um vinho chileno (as meninas um suquinho) e agradecendo a Deus por vivenciar aquela experiência com minha família.

Dia 13: Puerto Montt e Santiago

Fomos de carro até Puerto Montt e devolvemos o carro no aeroporto. O aluguel do carro foi uma coisa que encareceu muito a viagem pois tivemos que pagar a taxa de retorno. Locamos o carro em Santiago e devolvemos no aeroporto de Puerto Montt, percorremos mais de 1.800 km. Até pensamos em voltar e devolver o carro em Santiago, mas perderíamos um dia, seria muito cansativo para as meninas e seria uma economia pequena, pois ainda deveríamos pagar pedágio e combustível, foi a decisão mais acertada.

Pegamos nosso voo para Santiago por uma empresa low Cost que se chama SKY. Foi um voo barato, cerca de 180 reais por passageiro, a viagem durou pouco mais de uma hora e meia e rapidinho já estávamos no nosso hotel. Dessa vez escolhemos nos hospedar no bairro Providência, no hotel Four Points by Sheraton, para aproveitar um pouco o outro lado da cidade. Fomos ao Shopping Costanera para jantar e fazer umas comprinhas, que ninguém é de ferro. A dica é ir no Jumbo, do shopping, e fazer a feira dos vinhos, os preços são bons e tem muitas promoções. Optamos por não comprar os vinhos que costumamos tomar aqui (os da vinícola Santa Rita, o Gato Negro). Aproveitamos e compramos alguns das vinícolas que visitamos. O limite de vinho que se pode trazer são 12 litros, ou seja, 16 garrafas por adulto. Não trouxemos isso tudo por falta de peso disponível nas malas, mas nossa adega ficou bem abastecida, para recordamos e brindarmos.

Dia 14: Valparaiso e Viñas Del Mar

Nesse dia optamos por fazer o passeio que faltava no roteiro, conhecer Valparaiso e Viñas Del Mar. Compramos o passeio no hotel mesmo. Devo dizer que de todos os passeios esse foi o que achamos mais sem graça. Depois do colorido da região dos Lagos, daquela exuberância de natureza, tudo fica meio opaco, talvez por isso não tenhamos gostado muito.

Fizemos os passeios tradicionais, visitamos a outra casa de Pablo Neruda (aquele dali gostava mesmo de uma boa festa, mas quem não!?) Vimos leões marinhos, tocamos na aguinha gelada do Pacífico. Fizemos o tradicional lerê das duas cidades e retornamos ao hotel com uma pontinha de arrependimento por não termos ido revisitar o parque Bicentenário ou a vinícola Concha Y Toro, no lugar desse passeio. Mas, enfim, estava visto.

Dia 15: Santiago

Dia de retornar para o Brasil. Como nosso voo só sairia à noite, aproveitámos para acordar bem tarde, tomar um café reforçado. Deixamos as malas no hotel e fomos bater perna até as 18h. Fizemos uma caminhada do bairro Providência até ao centro de Santiago, pelos parques que margeiam o rio. A avenida que também acompanha o rio e os parques fica fechada ao trânsito… somente bicicletas e pedestres a usam aos domingos. Ou seja, tranquilidade total! Só se ouvem os passarinhos (e a música em uma praça onde ocorria uma aula de aeróbica aberta para todos). O interessante é que chegamos num domingo e voltamos em um domingo e nos dois domingos vimos manifestações pela cidade. Os carabineiros de longe observando e o povo com suas bandeiras azuis e vermelhas, em passeata.

No centro fomos visitar o Museu de Arte Precolombino, demos mais uma volta pela Plaza de Armas onde ouvimos a banda dos carabineros se apresentando. Daqui voltamos para o nosso hotel (de metro). Hora de voltar para casa, mas o que ficou no coração foi aquela vontade de ter continuado a viagem, cada vez mais ao Sul do Chile, atravessar a fronteira e conhecer a patagônia Argentina… mas essa vai ter que ser outra viagem. Assim, mantive a tradição, de terminar uma viagem com outra já no coração.”

Santiago Chile
Santiago – Chile

Que viagem linda Karina, muito obrigada por compartilhar conosco esse roteiro de 15 dias no Chile, de Santiago a Puerto Varas! Viajei só de ler seu relato, também adoramos o Chile e queremos voltar!

Outros roteiros da Karina publicados no blog:

Santa Catarina: Vale do Itajaí, Serras Catarinenses, Florianópolis e Beto Carrero

Chapada Diamantina, Bahia

Viagem 3 em 1: Foz do Iguaçu, Bonito e Pantanal

E você? Tem alguma dúvida sobre o Roteiro da Karina pelo Chile? Deixe nos comentários! 

Até o próximo post!

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