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Olá pessoal, mais um guest post maravilhoso da Karina Cruz, desta vez o destino da família foi o estado de Santa Catarina: passando pelo Vale do Itajaí, Serra Catarinense, Florianópolis e Beto Carrero. Aproveitem o roteiro por Santa Catarina e as dicas!

Vamos ao relato da Karina:

Decidimos passar o carnaval de 2019 longe da animação das ladeiras de Olinda. Juntamos o carnaval com uns dias de férias e, com o dólar e o euro em alta, optamos por um roteiro que tivesse serras, praias, vinícolas, comida gostosa e parque de diversão, tudo dentro do Brasil: Santa Catarina, aí vamos nós.

Roteiro de 12 dias por Santa Catarina: Vale do Itajaí, Serra Catarinense, Florianópolis e Beto Carrero (carnaval/2019)

Dia 01: Blumenau

Nosso vôo chegou a Navegantes por volta das 18:30. O plano era pegar o carro no aeroporto, ir direto para Blumenau e já tomar uma cerveja alemã no Parque Vila Germânica.

A distância entre Navegantes e Blumenau é de 58,4km, via BR-470, pouco mais de 1h de viagem. Nos hospedamos no Hotel Glória. Blumenau serviria de base para conhecermos várias cidades ali perto. O hotel é bem localizado, limpo, funcional e tem um café da manhã espetacular.

Prepare-se para começar a engorda!

Hotel em Blumenau
Hotel em Blumenau

Parque Vila Germânica

Check in feito, deixamos as malas no hotel e seguimos para a Vila Germânica, uma construção que imita as edificações alemãs, com pequenas lojas e alguns restaurantes.

Escolhemos o Bier Vila, pois eu já tinha ouvido falar sobre as cervejas artesanais de lá. Música ao vivo e nem se percebia que era carnaval. Gostinho de comida alemã e ambiente muito agradável.

Vila Germânica Blumenau

Dia 02: Pomerode / Timbó / Indaial

Acordamos cedinho e nos deliciamos com o fantástico café da manhã. O Hotel Glória tem uma tradicional Cafehaus que serve um Café Colonial muito apreciado pelos moradores da cidade.

Nosso primeiro pitstop foi em Pomerode (distante 30 km), uma cidadezinha muito agradável. Reserve pelo menos meio dia para conhecer o Centro Histórico, o Portal Turístico, a Rota de Casas em estilo Enxaimel, a Casa do Imigrante Carl Weege, o Zoo de Pomerode, a Vila Encantada e, se apreciar cerveja, visite a Cervejaria Schornstein.

Na minha opinião Pomerode foi a cidade mais agravável do Vale do Itajaí, por isso não tenha pressa. Se fizesse essa viagem outra vez acho que passaria o dia todo em Pomerode.

Portal Turístico

Pomerode SC

Zoológico de Pomerode

Zoo de Pomerode
Pomerode SC

Casa do Imigrante Carl Weege

Pomerode SC

Timbó e Indaial

Depois de Pomerode partimos para Timbó. São cidades muito próximas, menos de 20 km, que fizemos em 25 minutos. Para falar a verdade me decepcionei um pouco com a paisagem; acho que fomos com a ilusão de que a influência alemã estaria mais marcada nas cidades.

Outra coisa que prejudicou um pouco nossa viagem também foi o calor. Acho que nunca passei tanto calor na minha vida. Eu não tinha ideia de que o Vale do Itajaí era tão abafado nessa época do ano. Por isso fica a dica, leve muita água, boné e filtro solar.

Timbó SC
Timbó SC

Em Timbó visitamos o Jardim Botânico e o Complexo Turístico Jardim do Imigrante. Lá também é o início da rota do Vale Europeu. Em seguida fomos a Casa do Imigrante, toda em estilo enxaimel, uma visita legal para entender esse estilo de construção. Depois passamos por Indaial, que fica pertinho, mas o dia estava tão quente que acabamos não aproveitando muito a cidade.

Indaial SC
Indaial SC

Se a fome apertar, uma boa dica para comer é a Thapyoka Restaurante e Choperia.

Uma coisa que chama atenção no Vale do Itajaí são as cervejarias. Com esse calor todo por aqui uma cerveja realmente faz bem. Em cada cidadezinha tem uma cervejaria. 

No Vale do Itajaí tudo é muito pertinho e o deslocamento é fácil. Uma tarde foi suficiente para conhecer essas duas cidadezinhas.

Dia 03: Blumenau

Reservamos o terceiro dia da viagem para conhecer um pouco de Blumenau, a tão falada terra da Oktoberfest. Como gostamos muito de programas ligados a natureza, escolhemos logo cedo conhecer o Parque Spitzkopf, um pouco distante do centro de Blumenau.

Ao entrar no Parque já sentimos a diferença de temperatura, que delícia… realmente estar em meio a natureza nos faz feliz. Como o parque fica dentro de uma propriedade privada o controle de acesso é feito por sua proprietária, que faz o cadastro de cada grupo que entra, se prepare, pois, é um pouco lento. O valor do ingresso é dez reais, e o acesso às trilhas é permitido apenas em horário comercial aos sábados, domingos e feriados.

Vá com um tênis confortável para a caminhada. Existem dois tipos de roteiros lá, uma caminhada grande, para quem tem preparo físico adequado e outra caminhada para ver as cachoeiras. Como nós estávamos com as crianças escolhemos o passeio das cachoeiras. A trilha é de fácil acesso. Tente chegar cedo para conseguir vaga para estacionar, os carros ficam ao longo da estrada e se você não chegar cedo fica difícil parar.

Parque Spitzkopf

Parque Spitzkopf Blumenau

De volta ao Centro de Blumenau almoçamos no Park Blumenau Restaurante, na Vila Germânica, você paga um valor fixo e se serve dos bufês brasileiro e alemão, a vontade, bem como das sobremesas.

Como o restaurante fica ao lado do parque Ramiro Ruediger depois do almoço demos um passeio por lá. O parque é bem pequeno, rapidamente você consegue dar uma volta nele todo.

Aproveitamos para deitar um pouco numa sombrinha que conseguimos por lá, para ficar apreciando as aves na lagoa, mas o calor era grande, não ficamos muito tempo.

Parque Ramiro Ruediger

Parque Ramiro Ruediger Blumenau

De lá seguimos para o Museu da Cerveja, que é bem pequeno e se vê rapidamente. Logo ao lado existe um memorial feito para o fundador da cidade, o senhor Blumenau, e sua família. Interessante conhecer um pouco da história da cidade e de seus colonizadores, que saíram do velho mundo para desbravar novas terras.

Logo ao lado do memorial fica o “cemitério dos gatos”, local onde a filha de Blumenau enterrou os gatos que teve durante a vida. Lá também existem várias esculturas, com a temática felina.

Visitamos também a Casa do Imigrante que fica logo ao lado.

Como era domingo a principal rua da cidade, a XV de Novembro, fica fechada para trânsito de carros e a população ocupa aquele espaço passeando de bicicleta e caminhando. Se você souber andar de bicicleta alugue uma para conhecer a rua pedalando. Foi uma grata surpresa, ficamos um tempinho por lá, fazendo bolhas de sabão, passeando e olhando como a população local se diverte. Um passeio tranquilo. Ao lado da avenida ficam importantes pontos turísticos como a Catedral São Paulo Apóstolo e o Teatro Carlos Gomes.

Blumenau Santa Catarina
Blumenau Santa Catarina
Blumenau Santa Catarina

Um dia foi suficiente para conhecer Blumenau. Se você gosta de cerveja escolha uma das famosas cervejarias de lá: Container, Blumenau, Feldmen, Bierland para encerrar sua visita.

Dia 04: Brusque

Nosso objetivo era ir logo para a Serra Catarinense, estávamos sonhando com um friozinho depois de tanto calor. Mas havia colocado a cidade de Brusque no roteiro para fazer compras de malhas, fizemos essa parada e fomos para a FIP. Se você não gosta de compras pule essa parte e siga direto para Urubici.

A última programação do dia era visitar a Cervejaria Zehn Bier, entretanto, embora no site constasse que estava aberta, ao chegarmos lá estava fechada. Grande desilusão. Encerramos o dia no cinema da Havan.

Brusque Santa Catarina

Dia 05: Brusque /  Urubici

Aqui decididamente começou a melhor parte da nossa viagem. O que me surpreendeu pois eu não imaginava que essa região fosse tão bonita. Pegamos um trecho muito ruim de estrada, que o Google nos indicou, para se ter uma ideia a distância era só de 200km, mas levamos quase quatro horas para fazer o percurso. Teve uma hora que a estrada simplesmente acabou e fomos mesmo na estrada de terra, por outro lado foram paisagens belíssimas. Com aventura rsrs. Mas se você não gosta de aventuras talvez seja melhor voltar a Blumenau e pegar outra estrada.

No meio do caminho nos deparamos com o belíssimo Convento Franciscano, que fica na cidade de Angelina.

Convento Franciscano Angelina

Chegamos em Urubici na hora do almoço e fomos ao restaurante do SESC, comidinha gostosa e preço muito camarada. Logo depois do almoço fomos ao Posto do ICMBio para pegar autorização para visitar o Morro da Igreja, um dos principais pontos turísticos da região. Demos muita sorte pois o caminho para lá está em obras e só existe liberação aos domingos e feriados. Por isso, se esse for um ponto alto de sua viagem se certifique que o acesso ao Morro da Igreja está liberado.

O Morro da Igreja pertence ao Parque Nacional de São Joaquim, localizado na divisa entre os municípios catarinenses de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici. É um dos lugares mais frios do Brasil e o segundo mais alto de Santa Catarina.

Lá está instalado o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), da Força Aérea Brasileira, sendo, portanto, perímetro de segurança nacional.

Morro da Igreja SC

A subida para o Morro da Igreja foi uma experiência interessante, saímos de Urubici com um sol radiante, o Morro da Igreja fica a cerca de 32 km da cidade. Ao nos aproximarmos do destino vimos aquela nuvem grande no cume do morro, fomos subindo e a temperatura baixando e as nuvens aparecendo. Ao chegar no topo tivemos a sorte de ver a Pedra Furada por alguns instantes pois de repente o tempo fechou e começou uma trovoada gigante, logicamente corremos para o carro para nos protegermos. Depois começou a chover e os trovões continuaram.

Os quatro dentro do carro, fugindo da trovoada e a espera que passasse a chuva. Cercado de nuvens por todos os lados.

Depois dessa aventura fomos visitar a Cascata Véu de Noiva, pois fica no caminho do Morro da Igreja.

Saindo da estrada, é preciso dirigir mais 1 km em estrada de chão até chegar à propriedade particular na qual se encontra a cascata, onde é cobrado o valor de R$2,00 por visitante para entrar no local. A cascata é bonita, tem 62 metros de altura, com a água escorrendo pelo paredão de pedras.

Além da cascata há algumas trilhas de fácil acesso para serem feitas, optamos por uma e aproveitamos os belos cenários com bromélias que encontramos pelo caminho.

Cascata Véu de Noiva SC

O dia rendeu bastante e nossa vontade depois de viver tantas aventuras era ir direto para o nosso hotel, mas quem resiste a uma placa de Colha e Pese ao lado de uma bela plantação de maçãs. Foi a deixa para pararmos o carro e nos penduramos nas macieiras colhendo aquelas maçãs vermelhinhas. Colhemos tantas maçãs que ao final da viagem ainda lanchávamos maçãs! As crianças adoraram e nós também! Tão bom quando uma programação inesperada dessas aparece na viagem, estávamos em plena safra das maçãs!

Depois de tantas aventuras queríamos nosso hotel. Recebi a dica de um amigo para ficar na Pousada Fogo Eterno, uma pousada de altitude situada bem no meio das Araucárias, estilo chalés.

Escolhemos não nos hospedarmos na cidade propriamente dita, pois, a gente adora o cheirinho do mato e essa foi a escolha correta. A pousada é muito acolhedora. Café da manhã maravilhoso, vista para as araucárias, lareirinha para aquecer. Tudo de bom.

Pousada Fogo Eterno
Pousada Fogo Eterno
Pousada Fogo Eterno

Dia 06: Urubici

Acordamos cedinho pois a programação era intensa. Depois de um café da manhã maravilhoso partimos para nosso primeiro destino.

Pousada Fogo Eterno

A Cascata do Avencal, que fica numa propriedade particular. O espaço tem tirolesa, trilhas e pedalinhos. A cascata tem 100 metros de queda e é utilizada também por praticantes de rapel. O acesso ao Parque Cascata do Avencal fica a cerca de 9 km do centro de Urubici, sentido São Joaquim (SC-110). Valor da entrada (março 2019): 7 reais.

O acesso é muito fácil e a vista maravilhosa. A cachoeira é imensa e o verde exuberante, o cenário é de encher os olhos.

Cascata do Avencal SC

A segunda parada foi no Arroio do Engenho, para ver a Cachoeira das Neves que, segundo o proprietário, é a única na região em que, na época do inverno, a água se transforma em neve antes de tocar o chão. O acesso a partir de Urubici é bem sinalizado. Lá chegando o ingresso custa 10 reais por pessoa. Existe uma trilha bem sinalizada até a primeira cachoeira e a segunda tem um acesso mais acidentado.

Um passeio para você se sentir no meio do mato mesmo. O proprietário é simpático e o passeio leva cerca de 2 horas se for feito com calma. Conseguimos fazer os dois passeios no período da manhã, depois seguimos para almoçar.

Urubici é uma cidade com boas opções de restaurantes, ficamos tentados a ir no Parador, do qual falaram muito bem para o almoço. Mas imaginamos que acabaríamos perdendo muito tempo, dessa forma optamos para almoçar no restaurante do SESC novamente, o que agilizaria nosso tempo.

Arroio do Engenho SC
Cachoeira das Neves SC

Depois do almoço demos uma volta rápida pela cidade de Urubici. A cidade é pequenina, então rapidinho dá para visitar a Igreja e a pracinha. Muito se fala em São Joaquim, mas na minha opinião acertamos ao ficarmos hospedados em Urubici.

Urubici SC

Nossa última programação para esse dia era a Serra do Corvo Branco, que fica no município vizinho Grão-Pará. A serra fica a uma altitude de 1.470 metros. Quando o asfalto acaba, ainda tem um trecho de 5 km em estrada de chão até chegar à Serra do Corvo Branco. Essa foi a primeira ligação oficial entre a Serra e o litoral catarinense. Antes de começar a descida, a pista estreita cruza dois paredões imensos, com 90 metros de altura, num trecho que é considerado o maior corte em rocha arenítica do Brasil. O efeito túnel é bem interessante, descemos um pouco o trecho da serra e depois voltamos, a estrada é bem ruinzinha, mas o cenário é um espetáculo.

Se você aprecia paisagens esse passeio vale a pena. Próximo a Serra do Corvo Branco fica o Cânion do Espraiado, está na nossa lista de desejos, mas como nossas filhas são pequenas ainda não deu para fazer as trilhas e como nosso carro não era 4X4, ficou para a próxima, assim como o Morro do Campestre e as inscrições rupestres que existem em Urubici (que quando passamos estava com o acesso fechado).

Serra do Corvo Branco SC

Depois, na volta para Urubici, aproveitamos para ver a Gruta Nossa Senhora de Lourdes. O acesso é muito fácil, a gruta pode ser visitada na volta da visita da Serra do Corvo Branco. Ela está próxima à uma igrejinha, na beira da rodovia, e há placas indicando seu acesso. O lugar é muito verde e a queda d’água faz com que o cenário fique ainda mais bonito. Local ideal para agradecer a Deus pelas belezas que Ele criou e pela possibilidade de conhecê-las.

Voltamos para nosso aconchegante chalé, a vontade de não sair mais do quarto quentinho era grande, mas a fome era maior. Por sugestão do pessoal do hotel fomos conhecer o restaurante Château du Valle, para encerrar a noite com uma deliciosa sequência de fondues.

Château du Valle SC

Dia 07: São Joaquim

Chegamos a metade da viagem. Programamos para esse dia um passeio bate-volta para conhecer a cidade de São Joaquim, que está a 60 km de Urubici, com acesso pela rodovia SC-430, numa viagem de aproximadamente 45 minutos. A estrada é bem sinuosa e passa por uma área onde costuma ter muita neblina, mas nesse dia o tempo estava bom e a viagem foi muito tranquila.

Nossa primeira parada foi na Vinícola Villa Francioni, a maior de Santa Catarina, que oferece passeios guiados seguidos de degustação. O valor da degustação é de R$30,00 A visita deve ser agendada com antecedência pelo site. O vinho mais conhecido dessa vinícola é o São Joaquim. O tour seguido da degustação leva cerca de uma hora e meia, dependendo do tamanho do grupo. A vinícola é bonita e muito bem organizada. Vale a pena o passeio pelas caves.

Vinícola Villa Francioni SC

A segunda vinícola que visitamos foi a Vinícola Leone di Venezia, o proprietário foi muito gentil conosco pois fomos sem agendar e conseguimos fazer a degustação que é acompanhada de uma belíssima tábua de bruschettas. Os vinhos realmente são muito bons, de uvas trazidas da Itália e adaptadas a região, se você estiver em São Joaquim não perca a oportunidade de conhecer esse lugar maravilhoso. Para as crianças suco de uvas e uvas colhidas do pé. O lugar é muito bem decorado, com tonéis e máscaras que lembram a influência italiana. Particularmente gosto das vinícolas menores, então para nós essa vinícola foi uma grata surpresa. Os vinhos muito saborosos e o cenário belo.

Vinícola Leone di Venezia SC
Vinícola Leone di Venezia SC

Vinhos da Vinícola Leoni de Venezia

Aqui abro um parêntese para dizer que nessa viagem ampliamos muito nossa perspectiva sobre o Estado de Santa Catarina, Já havíamos passado por aqui duas vezes antes, mas sempre fazendo o tradicional roteiro de Florianópolis e Beto Carreiro, nunca havíamos nos aventurado por outras rotas.

Para os apreciadores de cerveja fica a dica das cervejarias do Vale do Itajaí e para os apreciadores de vinho, nosso caso, fica a dica do Rota dos Vinhos de Santa Catarina. Acredito que esse roteiro daqui a algum tempo será muito mais explorado e apreciado. O clima e o solo da região são favoráveis e a organização dos pequenos produtores me impressionou muito.

Para encerrar nosso tour escolhemos a Vinícola Monte Agudo. Aqui nos sentimos quase em casa. A proprietária Carolina foi extremamente gentil conosco, não havíamos agendado a visita mas mesmo assim fomos super bem recebidos. A vinícola tem uma opção de degustação com pôr do sol, mas para nós ficaria muito tarde, já que ainda precisávamos retornar para Urubici e ainda queríamos dar uma voltinha a pé pela cidade, por isso ela teve a atenção de fazer uma apresentação dos rótulos e degustação.

Escolhemos compartilhar uma degustação de oito vinhos. Realmente os vinhos são diferenciados, a produção não se dá em larga escala, mas em pequena quantidade, com alta qualidade, uma produção diferenciada tendo em vista a altitude. O que nos chamou a atenção foi a perspectiva de produzir em harmonia com a natureza. As vinhas tem origem de mudas francesas, plantadas em 2005, portanto, a vinícola é jovem, mas produz vinhos complexos especializados nas cepas Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Merlot.

Vinícola Monte Agudo SC

Degustações encerradas fomos passear pela cidade de São Joaquim, visitamos o Mirante das Araucárias, as praças do centro da cidade, a catedral, a estação experimental de EPAGRI, onde fica a primeira muda de maça Fuji trazida para a região e encerramos o dia visitando a Cooperativa SANJO, onde tomamos uns bons sucos de uva e maçã e abastecemos nosso estoque de sucos para o restante da viagem.

Se tivéssemos mais tempo de conhecer São Joaquim, iríamos visitar o Parque de Aventuras Snow Valle. Hoje revendo o roteiro, certamente tiraria um dia a mais para ficar na região, provavelmente dormiria uma noite em São Joaquim, e ficaria uma noite a menos na região do Vale do Itajaí, talvez a noite que dormimos em Brusque, para lá bastaria um bate e volta saindo de Blumenau.

Não posso dar muitas dicas de restaurantes em São Joaquim pois acabamos comendo mesmo nas vinícolas. A Leone de Venezia oferece uma brusqueta juntamente com a degustação e tem tábua de frios e a Monte Agudo tem opção de reservar as refeições lá.

São Joaquim SC
São Joaquim SC

Dia 08: Bom Jardim da Serra / Florianópolis

Hora de dizer adeus a nosso maravilhoso hotel, sair da serra e descer para a praia, já que estamos em Santa Catarina vamos dar um pulinho em Floripa. Estávamos animados para ver Bom Jardim da Serra, localizada a 70 km pelas rodovias SC-430 e SC-438, só para passar pela Cascata Barrinha, ela que fica bem atrás da Churrascaria Cascata, logo na estrada. Uma paradinha rápida para foto.

Bom Jardim da Serra SC

Seguimos para o Mirante da Serra do Rio do Rastro, um dos pontos mais visitados na região, pelas belíssimas vistas que proporciona. Prepare-se e tome fôlego para a descida que vem a seguir rsrs.

No Mirante existe uma boa estrutura de apoio, com lojinhas, café e banheiros, além do estacionamento.

Mirante da Serra do Rio do Rastro SC
Serra do Rio do Rastro SC

Para finalizar o roteiro, a sugestão é descer a estrada da Serra do Rio do Rastro, rumo ao litoral, para ir para Florianópolis via BR-101. A estrada possui mais de 200 curvas, nos mais variados ângulos e inclinações. Ao longo do trajeto há alguns mirantes onde é possível parar o carro para curtir o visual de uma das estradas mais bonitas do Brasil.

A viagem para Florianópolis foi muito tranquila. Já havíamos visitado a ilha duas vezes, mas aproveitamos a oportunidade para um pitstop rapidinho.

Na chegada fomos logo almoçar no Mercado de Floripa, uma boa moqueca de peixe para dar energia para o restante do dia. Almoçamos no Quintal Açoriano, o prato estava saboroso, já deu para sentir o gostinho de mar.

Mercado de Florianópolis

Nos hospedamos na Pousada Ecomar, em Ribeirão da Ilha. Nos decepcionamos um pouco com a pousada, faltou um pouco de “calor humano” e o café da manhã era muito fraco, além disso achamos que ficamos muito isolados. Escolhemos aquela região para conhecer o casario antigo que tem nas proximidades, é bem bonito, mas na próxima vamos tentar ficar próximos de Campeche, que é uma das praias que mais gostamos. Jantamos nas proximidades da pousada. Para quem gosta de ostra Florianópolis é um prato cheio. Não é nosso caso, mas comemos muito peixe!

Florianópolis SC
Passeio no final da tarde nas proximidades da nossa pousada

Dia 09: Florianópolis

A programação do dia era dar um rolé pela ilha e aproveitar o mar em alguns lugares. Sou muito friorenta e a água da região, mesmo no verão, é fria para mim, por isso os banhos de mar foram poucos.

Começamos o passeio passando pelo Campeche, depois seguimos para Santo Antônio de Lisboa, que é um local onde gostamos muito de bater perna, parece que ali o tempo passa mais devagar. Uma forte influência açoriana é vista pelas ruas e nas lojas.

Florianópolis SC

De lá seguimos para a Praia da Daniela para um mergulho rápido, depois para Jurerê Internacional, para ver como vivem os ricos e famosos rsrs.

Florianópolis SC

Nosso plano era almoçar na Lagoa da Conceição, mas acabamos demorando mais do que esperado no nosso passeio e almoçamos em outro restaurante em estilo self service na Praia dos Ingleses. Na minha programação eu esqueci do engarrafamento de Florianópolis, atente-se para isso.

Seguimos para ver o Costão do Santinho, passamos pela Barra da Lagoa e na Praia de Moçambique. Ficamos muito tentados em fazer a trilha do Parque Estadual do Rio Vermelho, mas infelizmente não deu tempo. Paramos no Mirante da Praia Mole para ter a vista da Lagoa da Conceição, realmente belíssima. Lá tem uma lojinha com quadros, souvenirs, picolés (para a alegria das minhas filhas).

Florianópolis SC

Paramos na Lagoa da Conceição para uma remada de caiaque… quer dizer, enquanto eles remavam eu ficava contemplando e meditando rsrs. Passamos pela praia de Joaquina, tiramos algumas fotos e seguimos.

Para nós um dia inteiro em Florianópolis foi suficiente pois escolhemos ficar mais tempo na Serra Catarinense, afinal, moramos em João Pessoa e praia é uma coisa habitual para nós.

De volta ao hotel fomos jantar num restaurante que ficava próximo e super recomendo que se chama Muqueca da Ilha. O restaurante era uma antiga bodega, a comida era realmente maravilhosa e o dono muito simpático. Você ainda pode colocar seu quepe de capitão e tirar uma foto, lógico que nós pagamos esse mico!.

Florianópolis SC

Dia 10: Penha

Nesse dia nós literalmente madrugamos pois precisávamos percorrer os quase 119 km de distância que separam Florianópolis de Penha. Saímos por volta das 6h e antes das 8h já estávamos na nossa pousada em Penha.

Escolhemos a Pousada Vivenda dos Açores pela proximidade em relação ao parque Beto Carrero, cerca de dez minutos a pé, num ritmo de quem está animado para brincar no parque. Nossa diária só começaria à tarde, mas o dono foi extremamente simpático e liberou um quarto para nós, de quebra ainda nos deu de brinde o café da manhã. Como não amar essa pousada?

Quartos limpos, café da manhã gostoso, proximidade ao Parque, diárias com preço excelente, simpatia dos proprietários, super recomendo a hospedagem na Vivenda dos Açores. Malas guardadas, barriga cheia, partimos para a brincadeira no Beto Carrero.

Nossa segunda vez no Parque, por isso compramos um dia só. Se você vai pela primeira vez vá pelo menos dois dias, para dar tempo brincar em tudo e ver os espetáculos.

Avaliamos que o parque melhorou muito em relação à outra vez em que estivemos aqui. Tenho milhares de fotos para postar, mas esse post está muito grande, então vou economizar nas fotos. Só digo uma coisa, o parque vale a pena! Brincamos até o parque fechar e depois fomos jantar num restaurante que fica à beira mar na Penha que se chama Petisqueira Alírio. Você também tem a opção de pedir pizza no hotel, se a turma estiver muito cansada.

Beto Carrero

Dia 11: Bombinhas

No último dia da viagem escolhemos curtir uma praia que eu queria conhecer faz tempo, a Praia de Bombinhas. O que eu gostei, da água transparente. O que eu não gostei: da quantidade de pessoas na praia, gente demais! Quase não conseguimos um espaçozinho para estender as toalhas. Mas valeu a pena!

Dia 12: Retorno

Retorno a João Pessoa. Mais uma viagem finalizada. Coração cheio de gratidão. Memória cheia de alegrias. Ficamos muito felizes por termos conhecido esse pedacinho do Brasil, além do que já conhecíamos. Se você tiver poucos dias vá direto para Urubici e aproveite a Serra, a natureza, as vinícolas, certamente foi o ponto alto da nossa viagem.

Muito obrigada Karina por dividir mais uma viagem conosco, adoro seus relatos, esse roteiro por Santa Catarina ficou maravilhoso! Volte sempre para nos inspirar com seus roteiros cheios de aventura!

Outros roteiros da Karina publicados no blog:

Chapada Diamantina, Bahia

Viagem 3 em 1: Foz do Iguaçu, Bonito e Pantanal

Chile: viagem de 15 dias em família

Leia também nossos posts de Santa Catarina com Beto Carrero – Roteiro de 8 dias

Até o próximo post!

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